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O que está oculto por trás da Raiva?


A raiva é uma das emoções mais intensas que o ser humano experimenta. Ela tem como base uma necessidade do ego de sempre ter satisfeitos todos os seus desejos.

Na fase infantil, totalmente direcionada pelas reações instintivas, a frustração da vontade costuma gerar explosões de raiva, e a criança chora, grita, e esperneia quando aquilo que ela deseja lhe é negado.

Mesmo que o adulto, pacientemente, tente lhe explicar as razões pelas quais não pode ter aquele objeto ou situação, na maioria das vezes, o ego infantil se recusa a aceitar.

Isto porque ele não se rende a argumentos racionais, é movido apenas pelo prazer imediato, o sentimento de bem-estar que a satisfação de seu desejo lhe provoca.

E do mesmo modo, no mundo adulto as reações de raiva geralmente revelam um ser imaturo, permanentemente exigindo que todos os seus pedidos sejam atendidos.

A raiva, na maior parte das vezes esconde uma dor latente, uma ferida gerada por uma circunstância em que a vida nos negou algo que, segundo a nossa crença, nos faria felizes. E, todas as vezes em que experimentamos a mesma sensação, a reação é visceral.

O desejo, seja por uma conquista material, afetiva ou de qualquer outra natureza, tem como base a busca por um estado permanente de bem-estar que todo ser humano persegue.

E, quanto maior for o vazio interior, maior a intensidade com que se tentará preenchê-lo com as vitórias vindas do exterior. Enquanto não nos tornamos conscientes desse mecanismo, a reação sempre será de raiva, seja ela manifesta explicitamente ou reprimida e, com o tempo, transformada em algum desequilíbrio no corpo físico.

Reconhecer as razões ocultar por trás da raiva, é essencial para que possamos aprender a lidar com a vida de um modo mais equilibrado, sem colocar a nossa felicidade em objetos ou situações, cuja conquista não depende unicamente de nossa vontade.

"Na vida, lembre-se de uma coisa: nunca deseje coisa alguma tão intensamente como se isso fosse uma questão de vida ou morte. Seja um pouco brincalhão. Não estou dizendo, não deseje – porque isso se tornará uma repressão em você. Estou dizendo, deseje, mas deixe seu desejo ser brincalhão. Se você puder realizá-lo, ótimo. Se você não realizá-lo, talvez não fosse o tempo certo; veremos da próxima vez. Aprenda algo da arte de brincar.

Ficamos tão identificados com o desejo que quando este é bloqueado ou impedido nossa energia pega fogo; ela lhe queima. E nesse estado de quase insanidade você pode fazer alguma coisa da qual você irá se arrepender. Isso pode gerar uma série de eventos que toda sua vida pode ficar enrolada nisso.

Devido a isso, por milhares de anos, eles ficaram dizendo, “Sejam sem desejos”. Agora isso está pedindo por algo desumano. Mesmo as pessoas que disseram, “Sejam sem desejos” também deram a vocês um motivo, um desejo: se você ficar sem desejos você irá alcançar a suprema liberdade da moksha, nirvana. Isso também é um desejo.Você pode reprimir um desejo por algum outro desejo maior, e você pode até esquecer que você ainda é a mesma pessoa. Você só mudou o alvo.

Certamente, que não há muitas pessoas que estejam tentando conseguir moksha, assim você não terá muita competição. De fato, as pessoas ficarão muito felizes porque você partiu em direção a moksha – um competidor a menos na vida.

Contudo, no que se refere a você nada mudou. E se alguma coisa pode ser criada que possa perturbar seu desejo por moksha, de novo a raiva pegará fogo. E dessa vez será bem maior, porque agora o desejo é muito maior. A raiva é sempre proporcional ao desejo." ( Osho )

Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=15581

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